Partiu exit

exit

O Reino Unido parece chocado com o Megxit, a saída da duquesa de Sussex, Meghan Markle, da Casa Real. E levando a reboque o marido, que acumula as funções de neto da rainha, filho do provável futuro rei (se a rainha, eventualmente, resolver vir a falecer algum dia), irmão do rei seguinte e tio do reizinho que virá a seguir.

O casal ex-real quer partir para novos desafios, adquirir independência financeira e levar uma vida de gente normal, do tipo que compra a crediário, cerze meia e aproveita o aniversário do Guanabara para abastecer a despensa.

Já pensou se a moda pega, e temos aqui no Brasil o Flavioxit, o Duduxit e o Carluxexit?

No Flavioxit, o moço assume o mandato de senador e, nas horas vagas, vai vender chocolate. Arruma um partido (atualmente, não tem nenhum), arruma um bom advogado (atualmente, precisa muito de um) e resolve a relação com o Queiroz.

No Duduxit, o moço assume o mandato de deputado, abre uma hamburgueria numa academia de tiro (ou uma academia de tiro com hamburgueria anexa) e usa o próprio exemplo de superação de trauma (imagina perder a chance de fazer selfie no Salão Oval com o dedo no botão que dispara mísseis!) para dar uma moral no consultório de côutchim da patroa.

O Carluxexit seria mais complicado, porque cortar o cordão umbilical pode demandar anestesia. Mas o moço assumiria o mandato de vereador (é preciso passar o endereço da Câmara para ele, e ter alguém de receptivo na porta, com o nome dele numa plaquinha e um mapa do gabinete, para ele não se perder). Com o primo, pode abrir uma agência de viagens ou de relações públicas, usando sua expertise em redes sociais.

O PT deve sonhar com o Janjexit, e a nova senhora Lula da Silva deixando de controlar a agenda do namorado.

O PC do B comemoraria o foicexit, ensaiado no Movimento 65 (campanha de filiação ao partido sem mencionar que o partido é comunista e com a foice longe das vistas dos incautos).

O PODEMOS lidará super bem com o Felicianexit. O PSL, com o todomundexit. A Globo, com o Gagliassexit. A primeira divisão, com o Cruzeirexit.

As duplas sertanejas poderiam aderir ao segundavozexit. As gravações ficariam exatamente iguais e ninguém precisaria dividir o cachê. O problema é a segunda voz partir para a carreira solo, o que dobraria o número de artistas sertanejos. Melhor não.

O Gentilli e o Fachel só teriam a ganhar com o canecaexit, tirando da mesa aquela caneca inútil que só serve para lembrar que estão imitando tolquixôus americanos.

E o Rio, com o Crivelexit – se bem que se o prefeito deixar suas funções é capaz de ninguém notar a diferença.

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